por Cesar Ferro / FONTE: PANORAMA FARMACÊUTICO
A fabricação de vacinas e medicamentos na América Latina, África e no Sudeste Asiático foi um dos principais temas de um encontro de especialistas em saúde que antecede a reunião do G20 realizado em Salvador (BA) durante a semana passada. O evento foi o primeiro em um calendário que prevê um encontro ministerial em 31 de outubro e a cúpula de líderes, em novembro. As informações são do Valor Econômico.
A ideia é que, com a aliança, a dependência dos países em desenvolvimento por insumos de saúde seja reduzida gradualmente. Essa realidade se tornou mais evidente durante a pandemia da Covid-19.
Em entrevista à reportagem, Alexandre Ghisleni, chefe da assessoria especial de assuntos internacionais do Ministério da Saúde, afirmou que o trabalho conjunto é ideia antiga. “Já estamos discutindo isso desde o ano passado com todos os membros do G20. E temos conseguido um grau de atenção elevada”, afirma.
Aliança para fabricação de vacinas e medicamentos pode sair do papel
Mesmo afirmando que a aliança entre os membros do G20 é promissora, Ghisleni destaca que é necessário demonstrar a relevância do projeto. “Mesmo com a evolução positiva da discussão, não há certezas. O grupo de trabalho de saúde é só um dos vários e conseguir a atenção da cúpula de líderes não é necessariamente uma coisa muito óbvia”, alerta.
Mudanças climáticas também estão na pauta
Outra prioridade levantada pelo grupo de trabalho é como as mudanças climáticas podem afetar os sistemas de saúde. Para os especialistas, as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul são um exemplo da importância do debate.
“O caso do Rio Grande do Sul é um exemplo para adotarmos medidas que garantam o funcionamento do sistema de saúde na eventualidade de acontecer desastres como esse”, destaca o diplomata.
Outros temas que devem ser apresentados aos governantes em breve são saúde digital, telemedicina e inteligência artificial no setor da saúde.
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