Entenda mais sobre o caso e o entendimento do Sebrae.
FONTE: CONTÁBEIS
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Décio Lima, criticou veementemente a possibilidade de eliminação do parcelamento sem juros durante uma entrevista à CNN. O Sebrae, juntamente com políticos da Frente Parlamentar do Comércio e do Empreendedorismo, se mobiliza contra a pressão dos bancos para impor limites a essa modalidade de pagamento.
De acordo com Lima, o parcelamento sem juros é utilizado por cerca de 90% dos brasileiros, especialmente no varejo, e representa uma conquista popular. Ele expressa sua preocupação com a possibilidade levantada pelo Banco Central, e argumenta que isso pode inviabilizar um grande número de empreendedores, afetar o consumo das pessoas e acabar com uma cultura enraizada de pedir descontos ou parcelar sem juros. Ele afirma também que seria um “verdadeiro absurdo” eliminar essa opção de pagamento.
Com a pressão dos bancos, o empreendedor e escritor best-seller Marcos Alexandre comenta: “O parcelamento sem juros é um catalisador para o crescimento econômico e a prosperidade dos empreendedores. Essa modalidade estimula as vendas e fortalece a confiança do consumidor, incentivando o consumo consciente. Limitar ou eliminar essa alternativa seria um retrocesso, um obstáculo no caminho da inovação e do desenvolvimento dos pequenos negócios”.
O embate entre os defensores do parcelamento sem juros e os bancos ganha destaque durante a tramitação do programa governamental “Desenrola”, destinado a reduzir o endividamento dos brasileiros. Instituições bancárias tentaram incluir no texto do programa o fim do parcelamento nas compras sem cobrança de juros, mas a proposta não foi adiante. Fica estabelecido que uma solução para os juros rotativos do cartão de crédito será apresentada pelos técnicos do Banco Central nos próximos 90 dias.
A discussão sobre o tamanho dos juros, que afeta diretamente o consumidor, tem gerado divergências entre bancos e empresários. A Federação Brasileira de Bancos (Febrabran) nega veementemente que defenda o fim da modalidade de parcelamento sem cobrança de juros. A entidade argumenta que os juros estão embutidos no preço do produto, e caracterizam um subsídio cruzado entre os financiamentos com e sem juros.
“Essa discussão reflete a necessidade de equilibrar a acessibilidade financeira com a sustentabilidade econômica. A educação financeira é fundamental para capacitar os consumidores a tomarem decisões informadas sobre suas finanças pessoais. A colaboração entre os defensores do parcelamento sem juros e os bancos, aliada a medidas transparentes, pode criar um sistema financeiro mais justo e equitativo” explica Marcos Alexandre.
Diante desse cenário, o Sebrae e grupos de empreendedorismo continuam a unir esforços para preservar o parcelamento sem juros como uma opção viável para os consumidores brasileiros, e defende que essa modalidade é essencial para manter a saúde financeira dos pequenos empreendedores e garantir o poder de compra da população. O embate entre esses grupos e os bancos promete continuar sendo um tema central nas discussões econômicas do país.
Fonte: Empreendedor Marcos Alexandre
Publicado porHENRIQUE SOUZA
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