porCesar Ferro / FONTE: PANORAMA FARMACÊUTICO
Com a expectativa de atingir um market share de 40% em quatro anos, a indústria dos medicamentos genéricos já vê esse montante como uma realidade em três estados brasileiros. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo indicador da IQVIA, essa meta já foi superada em Minas Gerais (44,27%), Pernambuco (41,43%) e Rio Grande Sul (41,15%) no primeiro semestre de 2023.
Nos demais estados, 15 ficaram na casa dos 30% (como São Paulo e Rio de Janeiro), e sete abaixo deste patamar (como Roraima, o lanterna da relação, com 26,27%).
Medicamentos genéricos são “agenda de saúde pública”
Para Tiago de Moraes Vicente, presidente-executivo da PróGenéricos, conquistar uma fatia de mercado mais representativa onde os medicamentos genéricos ainda não estão tão desenvolvidos é uma questão de saúde pública.
“Ampliar a participação dos genéricos onde a participação está abaixo da média do mercado não é uma preocupação comercial da indústria, mas uma agenda de saúde pública que irá beneficiar toda população”, afirma.
Genéricos crescem mais que medicamentos tradicionais
De acordo com a entidade, o crescimento para os medicamentos genéricos no primeiro trimestre deste ano foi de 3,67%, enquanto os remédios tradicionais apresentaram uma retração de 0,64%.
Para Vicente, o preço é um dos motores para o resultado. “É pelo menos 35% menor em relação aos remédios de referência, por lei. Mas, em alguns casos, pode chegar a custar 80% menos”, aponta.
E essa economia não é benéfica apenas para o público final. “Isso proporciona economia ao SUS, um comprador dos nossos medicamentos. Há também um ganho indireto: quem tem acesso a mais medicamentos, recorre menos ao SUS”, destaca Vicente.
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