Cerca de 60% das indústrias do Nordeste investiram em energias renováveis, segundo o estudo da CNI

Da Redação ME

redacao@movimentoeconomico.com.br / FONTE: ME

A indústria brasileira está acelerando o uso de fontes renováveis de energia. Em 2024, 48% das empresas investiram em projetos com energia hídrica, eólica, solar, biomassa ou hidrogênio de baixo carbono, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 2023, eram 34%.

As empresas também apontaram dois principais motivos para investir em projetos de energia renovável: descarbonizar a produção e reduzir custos. Este último foi informado por 50% dos que implantaram este tipo de empreendimento. Entre as empresas que adotaram fontes renováveis, 42% optaram por ser autoprodutores.

“É um crescimento que vai na linha de aumento de competitividade. Ou seja, se você reduz o preço da energia a partir da utilização de renováveis, reduz preço (da produção) e passa a ser mais competitivo no acesso ao mercado. É um fator bastante positivo” resume o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

Realizado pela empresa Nexus a pedido da CNI,  o estudo foi elaborado a partir das entrevistas de 1 mil executivos de todos os Estados brasileiros, sendo metade deles de companhias grandes e médias e o restante de pequenas empresas. As informações foram coletadas entre 24 de outubro e 25 de novembro de 2024.

O Nordeste lidera os investimentos em energia limpa, com 60% das indústrias da região engajadas. O Norte e Centro-Oeste têm 56%; Sul, 53%; Sudeste, 39%.”São as vantagens comparativas que passam a prevalecer. No Nordeste,  temos sol e ventos.  Esses fatores contribuem bastante para o desenvolvimento desse tipo de energia, então percebemos grandes investimentos sendo direcionados principalmente para região do Ceará, do Piauí, onde os investimentos estão sendo mapeados, principalmente os internacionais”, comenta Bomtempo. 

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Indústria vai continuar investindo em energia renovável

Os investimentos da indústria em energias renováveis devem continuar pelos próximos dois anos, de acordo com o estudo. Este tipo de investimento também lidera as prioridades de sustentabilidade em todas as regiões do Brasil.

O uso de energia renovável como estratégia de descarbonização subiu de 23% em 2023 para 25% em 2024. Já a inovação tecnológica como foco para reduzir emissões passou de 14% para 20%.

Mais de 60% das empresas têm interesse em financiamento para modernizar o maquinário com o objetivo de descarbonizar a produção, mas 9 em cada 10 reclamam da falta de incentivos fiscais.

A energia renovável e a gestão de resíduos são apontados como os dois principais pilares da sustentabilidade das empresas, que também estão mais preocupadas em darem a destinação correta aos resíduos. Entre as médias e grandes indústrias, cerca de 70% estão praticando a logística reversa. 

E 83% das empresas que investem em economia circular veem redução direta de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

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