O que é presenteísmo e como ele afeta a produtividade?

o presenteísmo pode prejudicar o desempenho dos colaboradores e descubra estratégias eficazes para combatê-lo

FONTE: METADADOS – BLOG DO RH

O presenteísmo é um dos maiores vilões da produtividade nas empresas e, muitas vezes, passa despercebido. Se você atua na liderança ou no RH, esse conceito pode ser essencial para entender por que a produtividade da sua equipe não está no nível esperado.

Neste artigo, desenvolvido pela equipe da Metadados, especialista em soluções para RH, vamos explicar o que é presenteísmo, como ele se manifesta e como o RH e a liderança podem atuar para evitá-lo. Além disso, trazemos dicas práticas para aumentar o bem-estar e engajamento dos colaboradores.

O que é presenteísmo?

O presenteísmo ocorre quando o colaborador está fisicamente presente no ambiente de trabalho, mas não consegue ser produtivo devido a fatores como cansaço, doenças, falta de motivação, ou preocupações pessoais. Ao contrário do absenteísmo, em que o funcionário falta ao trabalho, o presenteísmo pode ser mais difícil de identificar e pode comprometer significativamente a eficiência da equipe.

Presenteísmo vs. Absenteísmo: qual é o impacto?

Enquanto o absenteísmo é facilmente notado pelas ausências físicas, o presenteísmo pode ser um desafio silencioso. Colaboradores presentes, mas com produtividade comprometida, impactam negativamente os resultados sem que a liderança perceba imediatamente.

Se você, profissional de RH ou gestor, tem percebido que, mesmo com a presença constante dos colaboradores, a produtividade não está no nível esperado, pode ser que esteja lidando com o presenteísmo. Nesse caso, um feedback assertivo é fundamental para identificar e corrigir essa situação.

Para te ajudar, preparamos um guia gratuito com 50 exemplos práticos de feedback, além de um modelo editável que vai melhorar suas conversas com a equipe. Aproveite e acesse agora!

A síndrome do presenteísmo e seus efeitos na organização

A síndrome do presenteísmo ocorre quando o colaborador comparece ao trabalho sem condições ideais para desempenhar suas atividades, seja por questões de saúde ou por pressões internas. Entre os principais motivos estão o medo de perder o emprego, metas excessivas ou uma cultura que valoriza a presença física em detrimento do bem-estar.

Efeitos do presenteísmo:

• Redução da produtividade: colaboradores que não estão plenamente capacitados para suas funções tendem a entregar menos, afetando diretamente o desempenho da equipe.
• Aumento do estresse: o esforço de comparecer ao trabalho em condições adversas pode agravar problemas de saúde e gerar mais estresse, o que também pode aumentar os riscos de acidentes.
• Queda na criatividade: colaboradores que estão fisicamente presentes, mas mentalmente distantes, tendem a ser menos proativos em propor novas ideias ou soluções criativas.
• Clima organizacional comprometido: a presença de funcionários desmotivados impacta negativamente a moral da equipe, gerando sobrecarga e insatisfação entre os colegas.

Como identificar o presenteísmo na sua equipe?

Reconhecer o presenteísmo exige atenção aos sinais sutis no comportamento dos colaboradores. Aqui estão alguns indicadores para que líderes e profissionais de RH fiquem atentos:

Queda de desempenho: uma redução no rendimento, sem justificativa clara, pode ser um alerta.

Aumento de consultas médicas: a frequência em consultas pode indicar que o colaborador está lidando com problemas de saúde, físicos ou mentais.

Isolamento social: colaboradores mais distantes e desmotivados podem estar enfrentando dificuldades pessoais que impactam sua performance no trabalho.

Dificuldades financeiras: problemas financeiros pessoais costumam se refletir no comportamento do colaborador, prejudicando sua concentração e produtividade. 7 estratégias para prevenir e combater o presenteísmo

Para combater o presenteísmo, é essencial que as empresas adotem uma abordagem preventiva e voltada para o bem-estar dos colaboradores. Veja sete estratégias que podem fazer a diferença:

1. Criar uma cultura de cuidado:
   Incentivar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é fundamental. Empresas que promovem práticas de saúde mental, como pausas adequadas, flexibilidade e respeito aos limites, criam um ambiente onde os colaboradores se sentem apoiados e motivados a se cuidar.
2. Oferecer programas de bem-estar:
   Programas de assistência psicológica, acompanhamento médico preventivo e atividades voltadas para a qualidade de vida, como exercícios físicos e mindfulness, são grandes aliados no combate ao presenteísmo, ajudando a manter os colaboradores saudáveis e engajados.
3. Avaliações contínuas:
   Monitorar regularmente o bem-estar e o engajamento dos colaboradores permite ao RH identificar sinais precoces de presenteísmo. Feedbacks frequentes e check-ins periódicos garantem que os problemas sejam detectados e resolvidos antes que afetem a produtividade.
4. Incentivar o trabalho remoto:
   Permitir que os colaboradores trabalhem de casa em dias em que não estejam em boas condições físicas ou emocionais pode evitar quedas de produtividade no escritório. Essa flexibilidade ajuda a combater o presenteísmo sem comprometer o desempenho.
5. Implementar pesquisas de satisfação:
   Realizar pesquisas frequentes para medir a satisfação dos colaboradores é uma maneira eficaz de entender como eles estão se sentindo. Essas pesquisas oferecem insights sobre pontos de melhoria e ajudam a empresa a tomar decisões mais assertivas para prevenir o presenteísmo.
6. Fortalecer a conexão no home office:
   Para empresas que adotam o modelo de trabalho remoto, é essencial promover programas que reforcem a conexão entre os colaboradores. Ações como reuniões virtuais, eventos online e espaços para interação social são fundamentais para manter o sentimento de pertencimento e engajamento, evitando o distanciamento emocional.
7. Promover o sentimento de pertencimento:
   Uma das principais causas do presenteísmo é a falta de conexão com a empresa. Fortalecer o vínculo com os colaboradores, através de iniciativas como reconhecimento de conquistas, cultura inclusiva e comunicação transparente, promove um ambiente mais motivador e comprometido.

O sentimento de pertencimento: chave para motivação e produtividade

O sentimento de pertencimento é a sensação de que o colaborador é parte importante da organização. Quando a equipe se sente valorizada, o engajamento e a disposição para enfrentar desafios aumentam, mitigando o risco de presenteísmo.

Como promover o sentimento de pertencimento?

• Reconhecimento e valorização: práticas regulares de reconhecimento, como elogios públicos e feedbacks positivos, reforçam a importância do colaborador.
• Oportunidades de desenvolvimento: oferecer planos de carreira e capacitação demonstra o compromisso da empresa com o crescimento do colaborador.
• Ambiente inclusivo: criar um espaço de trabalho que respeite as diferenças e promova a diversidade fortalece o senso de comunidade.
• Atividades em equipe: promover eventos sociais e atividades em grupo ajuda a construir um ambiente de trabalho mais colaborativo.

Conclusão

O presenteísmo é um desafio que pode passar despercebido, mas afeta diretamente a saúde dos colaboradores e o desempenho da empresa. Criar uma cultura organizacional que valorize o bem-estar e o equilíbrio é fundamental para evitar esse problema.

Outro caminho importante é investir em diálogos de qualidade, que fortalecem a relação entre líderes e equipes. Para facilitar esses diálogos o Vibe, desenvolvido pela Metadados, é a ferramenta ideal para identificar pontos fortes e oportunidades de desenvolvimento, ajudando cada colaborador a assumir o protagonismo de sua trajetória.

Carolina Knob

Carolina é jornalista com pós-graduação em Marketing de Conteúdo, SEO e Inbound Marketing. Nos seus 10 anos de experiência na área da Comunicação sempre trabalhou com produção de conteúdo. Na Metadados, escreve as notícias mais atualizadas sobre Recursos Humanos.

Marta Pierina Verona

Formada em Gestão de Pessoas e pós-graduada em Direito, Marta é especialista em eSocial e em Legislação Trabalhista. Com mais de 20 anos de experiência na área, atualmente, é consultora de aplicação na Metadados.