porCesar Ferro / FONTE: PANORAMA FARMACÊUTICO
Os medicamentos de marca ainda são os preferidos dos profissionais de saúde e farmacêuticos em nível mundial, conforme aponta o mais recente estudo da GlobalData.
Segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados priorizam a indicação desse gênero de remédios frente a categorias como a de genéricos, especialmente quando o custo não é a primeira preocupação do consumidor.
A consultoria coletou impressões de 295 profissionais da saúde entre janeiro e março deste ano em sete países – Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Entre os mercados que mais demonstraram preferência por essa classe de medicamentos, destacaram-se Japão (57%). Espanha (50%) e Itália (45%).
Onde os medicamentos de marca prevalecem
(% de profissionais de saúde que priorizam indicação dessa categoria)
Por que os medicamentos de marca são os queridinhos?
A GlobalData questionou o porquê de os medicamentos de marca liderarem as indicações. E a resposta está na insegurança que ainda existe em torno dos genéricos.
Para 57% dos profissionais espanhóis, 425 dos italianos e 42% dos japoneses, esses fármacos ainda demandam mais estudos de bioequivalência para ter confiabilidade plena.
“É uma necessidade diminuir essa lacuna de conhecimento existente. Educar pacientes e dispensadores pode levar a um crescimento na utilização e a uma economia significativa para os consumidores e convênios”, analisa a diretora sênior de pesquisa de marketing da consultoria, Urte Jakimaviciute.
Maioria dos países estabelece menos distinções
Já nos demais países envolvidos no levantamento, a distinção entre as categorias de medicamentos é menor.
O importante é a saúde
(% de profissionais que não faz distinção entre medicamentos de marca ou genéricos)
Em nenhum dos países estudados os genéricos lideraram a preferência, mas atingiram na França o percentual mais considerável.
Genéricos ainda sofrem internacionalmente
(% de profissionais que preferem genéricos por país)
No Brasil, realidade é diferente
Já no varejo farmacêutico brasileiro, a realidade muda. Os genéricos já representam 37% do total do volume de unidades comercializadas. Entre janeiro e dezembro de 2023, 1,98 bilhão de remédios desse gênero foram comercializados, o que representa um avanço de 5% em comparação com os 12 meses do ano anterior.
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