FONTE: PANORAMA FARMACÊUTICO

por Ana Claudia Nagao

O mais novo levantamento do portal Fierce Pharma enumerou as 15 maiores indústrias farmacêuticas do mundo em faturamento no ano passado.

O ranking revela um mercado em ascensão na área de diabetes e obesidade, tanto que Novo Nordisk e a Eli Lilly foram as únicas companhias com aumento de receita de dois dígitos.

Já as com mudanças no topo e no final da lista ocorreram em função da queda acentuada nas vendas de medicamentos relacionados à Covid-19, com direito à perda de liderança da Pfizer.

Conheça as 15 maiores indústrias farmacêuticas do mundo em 2023

1 – Johnson & Johnson

Receita de 2023: US$ 85,2 bilhões (R$ 448 bi)
Receita de 2022: US$ 80 bilhões (R$ 421 bi)
Sede: EUA

O medicamento imunológico mais vendido da J&J, o Stelara, foi lançado no ano passado e movimentou US$ 10,86 bilhões (R$ 57 bi). Outro impulso foi a terapia para psoríase em placas Tremfya, que registrou 18% de aumento nas vendas

2 – Roche

Receita de 2023: US$ 65,3 bilhões (R$ 348 bi)
Receita de 2022: US$ 66,3 bilhões (R$ 349 bi)
Sede: Suíça

O medicamento para doenças oculares Vabysmo foi a estrela do portfólio da Roche. Em seu segundo ano no mercado, totalizou US$ 2,7 bilhões (R$ 14 bi) em vendas. A terapia para hemofilia Hemlibra, o segundo maior medicamento da farmacêutica, teve incremento de 16%

3 – MSD

Receita de 2023: US$ 60,1 bilhões (R$ 316 bi)
Receita de 2022: US$ 59,3 bilhões (R$ 312 bi)
Sede: EUA

No ano passado, o Keytruda tornou-se o medicamento mais vendido do mundo. Com expiração de patente em 2028, o fármaco gerou 41% da receita total da MSD e movimentou US$ 25 bilhões (R$ 448 bi)

4 – Pfizer

Receita de 2023: US$ 58,5 bilhões (R$ 308 bi)
Receita de 2022: US$ 100,3 bilhões (R$ 528 bi)
Sede: EUA

Após a Pfizer ter apresentado níveis estratosféricos durante a pandemia, o ano passado representou uma volta à realidade. As vendas da vacina Comirnaty caíram 70%, enquanto as receitas do antiviral Paxlovid despencaram 92%

5 – AbbVie

Receita de 2023: US$ 54,3 bilhões (R$ 286 bi)
Receita de 2022: US$ 58,1 bilhões (R$ 306 bi)
Sede: EUA

O Humira, que já foi o medicamento mais vendido no mundo, agora enfrenta a concorrência dos biossimilares nos EUA. A dobradinha na área de imunologia, entre Skyrizi e Rinvoq, vem sendo aposta para compensar o declínio

6 – Sanofi

Receita de 2023: US$ 46,6 bilhões (R$ 245 bi)
Receita de 2022: US$ 45,2 bilhões (R$ 238 bi)
Sede: França

A receita da companhia mostra uma grande dependência de um único medicamento, o Dupixent. O anticorpo desenvolvido em parceria com a Regeneron teve sua utilização aprovada para tratar mais cinco doenças além da dermatite atópica

7 – AstraZeneca

Receita de 2023: US$ 45,8 bilhões (R$ 241 bi)
Receita de 2022: US$ 44,3 bilhões (R$ 233 bi)
Sede: Reino Unido

A divisão de oncologia novamente apresentou o maior crescimento nas receitas da farmacêutica, atingindo vendas de US$ 17,1 bilhões (R$ 90 bi). Mas a exemplo da Sanofi, o avanço vem sendo tímido

8 – Novartis

Receita de 2023: US$ 45,4 bilhões (R$ 239 bi)
Receita de 2022: US$ 42,2 bilhões (R$ 222 bi)
Sede: Suíça

A combinação de doenças cardíacas Entresto e a injeção para esclerose múltipla Kesimpta, somadas, movimentaram US$ 8 bilhões (R$ 42 bi). Mas foi seu remédio para radioterapia, o Pluvicto, e o inibidor de CDK4/6 Kisqali que chamaram a atenção dos investidores

9 – Bristol Myers Squibb

Receita de 2023: US$ 45 bilhões (R$ 237 bi)
Receita de 2022: US$ 46,2 bilhões (R$ 243 bi)
Sede: EUA

Voltado a casos de tromboembolismo venoso, o Eliquis gerou US$ 12,2 bilhões (R$ 64 bi) em vendas globais, com alta de 10% nos EUA. Já o Revlimid continua a ser uma importante alavanca para o faturamento. Mas esse remédio para tratar o mieloma múltiplio perdeu a exclusividade, o que promete trazer queda nas vendas

10 – GSK

Receita de 2023: US$ 38,4 bilhões (R$ 202 bi)
Receita de 2022: US$ 36,1 bilhões (R$ 190 bi)
Sede: Reino Unido

A vacina contra herpes zoster Shingrix teve acréscimo de 17% nas vendas. Agora se espera uma evolução ainda mais consistente, após a assinatura de acordo de distribuição por três anos na China, firmado com a fabricante Chongqing Zhifei Biological Products

11 – Eli Lilly

Receita de 2023:  US$ 34,1 bilhões (R$ 179 bi)
Receita de 2022:  US$ 28,5 bilhões (R$ 149 bi)
Sede: EUA

A Eli Lilly foi uma das duas únicas empresas a reportar um aumento de receitas de dois dígitos no ano passado, com o desempenho dos seus principais produtos para diabetes e obesidade – Mounjaro e Zepbound.

12 – Novo Nordisk

Receita de 2023: US$ 33,7 bilhões (R$ 177 bi)
Receita de 2022:  US$ 25 bilhões (R$ 131 bi)
Sede:  Dinamarca

Depois de passar quatro anos consecutivos na 17ª posição no ranking de receita anual, a empresa saltou cinco posições sob impulso do Ozempic e do Wegovy

13 – Amgen

Receita de 2023: US$ 28,2 bilhões (R$ 148 bi)
Receita de 2022: US$ 26,3 bilhões (R$ 138 bi)
Sede: EUA

Depois de adquirir a fabricante de medicamentos para doenças raras Horizon Therapeutics em outubro, a Amgen já está colhendo os frutos

14 – Boehringer Ingelheim

Receita de 2023: US$ 27,7 bilhões (R$ 142 bi)
Receita de 2022: US$ 25,3 bilhões  (R$ 133 bi)
Sede: Alemanha

Responsável por grande parte do sucesso durante esse período, o tratamento para o diabetes tipo 2 Jardiance teve faturamento quadruplicado, que totalizou US$ 8 bi (R$ 42 bi)

15 – Takeda

Receita de 2023:  US$ 27 bilhões (R$ 142 bi)
Receita de 2022:  US$ 30 bilhões (R$ 158 bi)
Sede: Japão

Destinado a pacientes com TDAH, o blockbuster Vyvanse perdeu a exclusividade e claramente impactou os resultados. No entanto, a empresa prevê que seu impulsionador de crescimento Entyvio e a recém-lançada vacina contra a dengue, a Qdenga, revertam os índices

Categorias: SINFACOPE

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