porCesar Ferro / FONTE: PANORAMA FARMACÊUTICO
A flor de cannabis pode, em breve, fazer parte da Farmacopeia Brasileira. A Anvisa anunciou que fará uma consulta pública para novas inclusões no compêndio e a inflorescência é uma das plantas medicinais inclusas na consulta. As informações são do Consultor Jurídico.
A decisão viria em momento chave, uma vez que, no último mês de setembro, a agência proibiu a importação da erva no país, seja em flores in natura ou partes da planta.
Pacientes utilizam a apresentação em tratamentos vaporizados, mas a autarquia ainda não reconhece esse uso como um medicamento, pois considera não haver evidências científicas suficientes.
Flor de cannabis pode ser reconhecida como planta medicinal
A inclusão na Farmacopeia Brasileira é vista como um importante passo para reduzir o preconceito com a flor de cannabis e outras apresentações da erva.
Atualmente proibida pela P 344/98 da própria Anvisa, fazer parte do compêndio é entendido como a primeira etapa para ser, de uma vez por todas, reconhecida como uma planta medicinal.
Canabidiol já é queridinho
Enquanto a flor de cannabis briga por seu reconhecimento como planta medicinal, o canabidiol, extrato da erva, já tem vários usos apontados, sendo a prevenção do Alzheimer um dos mais recentes.
Segundo reportagem da Forbes, pesquisadores da Universidade Farmacêutica da China, em Nanjing, descobriram que o extrato, que não possui efeitos intoxicantes como o THC, pode melhorar a função cognitiva e, potencialmente, oferecer proteção contra a proteína Aβ42.
A proteína trata-se de um biomarcador associado ao início da doença de Alzheimer, além de comprometimento cognitivo leve, demência vascular e outros distúrbios cognitivos.
O estudo, publicado em setembro de 2023 na revista científica Cells, investiga o potencial terapêutico do CBD na doença de Alzheimer, procurando conhecer os seus mecanismos.
A informação pode, especialmente, agregar valor à abordagem do público idoso pelos farmacêuticos.
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