FONTE: CONTÁBEIS

Os efeitos da política monetária restritiva devem contribuir para reduzir o crescimento do PIB em 2024.

Especialistas econômicos prevêem um aumento de 9% nas insolvências empresariais no Brasil para o ano de 2024. 

As insolvências empresariais referem-se à situação em que uma empresa não consegue mais pagar suas dívidas, o que geralmente leva à falência ou à liquidação dos ativos da empresa para pagar credores. 

Essa é uma condição financeira crítica que ocorre quando os passivos de uma empresa superam seus ativos, deixando-a incapaz de cumprir suas obrigações financeiras.

Quando uma empresa se torna insolvente, ela pode optar por entrar com um pedido de falência, que pode resultar em um processo de reorganização ou em uma liquidação dos ativos da empresa para pagar credores.

Somente em 2023, houve um aumento de 39% das insolvências empresariais em relação ao ano anterior. A expectativa dos economistas é que essa tendência de crescimento continue.

Os efeitos da política monetária restritiva devem contribuir para reduzir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, comparado a 2023, o que por sua vez deve levar as insolvências a atingirem o nível de 2019, com um aumento de 8% para um total de 2.800 casos. 

No entanto, espera-se que o ritmo de crescimento das insolvências diminua em 2025, com um aumento de 4% para um total de 2.920 casos.

O relatório do quarto trimestre de 2023 mostrou que a tendência de alta nas insolvências se acelerou no final do ano em muitos países, incluindo as Américas e a Ásia. 

Os aumentos foram particularmente significativos na América do Norte, América Latina, Coreia do Sul, Austrália e Japão. No Brasil, os dados revelaram um aumento acentuado nas insolvências, consolidando uma tendência observada em outros países.

Os economistas destacam que, globalmente, as insolvências empresariais já estão acima dos níveis pré-pandêmicos na maioria das economias avançadas. 

Em 2023, três em cada quatro países viram um aumento nas insolvências, com os Estados Unidos e a Zona do Euro liderando esse cenário. Apesar de algumas exceções, como China, África do Sul e Índia, que registraram quedas nas insolvências, a tendência global é de crescimento. Os maiores aumentos são esperados nos EUA (+28%), Espanha (+28%) e Holanda (+31%).

Esse aumento amplo levaria dois em cada três países acima do número de insolvências pré-pandêmicas em 2024, em comparação com metade em 2023

Diante desse cenário, o CEO da Allianz Trade, Aylin Somersan Coqui, enfatiza que esses desenvolvimentos testarão a resiliência das empresas que se tornaram as mais frágeis nos últimos 3 anos.

“A economia pós-choque traz um grande conjunto de ventos contrários e desafios. Esperamos que esses desenvolvimentos levem as insolvências empresariais a se estabilizarem em um nível elevado em 2025: +12% acima de seu nível de 2019 nos EUA, +8% na França e +6% na Alemanha”, afirma Aylin Somersan Coqui, CEO da Allianz Trade.


Publicado porDANIELLE NADER

Categorias: SINFACOPE

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