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Pernambuco encerrou o ano de 2023 exportando menos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Federação das Indústrias (Fiepe-PE), o desempenho do estado caiu 15,3%, na contramão dos números do restante do País, que cresceram 1,7%, em comparação com o ano de 2022. Conforme a entidade, a realidade assinala um cenário decorrente de instabilidades comerciais, contudo, já previsível diante da baixa na movimentação de mercadorias e performance de desaceleração nas empresas. Também houve recuo no setor de importações.
Dentre os principais produtos exportados estão o óleo combustível com destino à Singapura, na Ásia, representando 22% das exportações, seguido de automóveis e outros açúcares de cana. Pernambuco aparece em 17º estado em valor de exportações e como o terceiro da região Nordeste, atrás da Bahia e do Ceará, respectivamente. De acordo com a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da FIEPE, Sthefany Miyeko, as exportações em queda afetam a produção industrial, que teve crescimento de apenas 0,9%, recorrendo a um redirecionamento das vendas para o mercado interno.
“É um cenário desafiador, porém esperado. No ano passado, o mês de abril marcou resultado negativo em produtos exportados, atingindo 20,5%, em comparação com o mesmo período de 2022”, destacou. O Brasil registrou exportações no valor de US$ 311,1 bilhões durante o acumulado de janeiro a novembro de 2023, um acréscimo de 1% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
As exportações pernambucanas, de janeiro a novembro de 2023, tiveram contribuição mais significativa em municípios como: Ipojuca, com US$ 797 milhões; seguido por Goiana, com US$ 467 milhões; e Petrolina, somando US$ 211 milhões. Considerando o crescimento das exportações, Igarassu foi o município dentre os principais que apresentou maior elevação, de janeiro a novembro de 2023, com 203,2%, seguido por Camutanga, com 102,2% e destaque em açúcares de cana, beterraba e sacarose; além de Jaboatão dos Guararapes, com 50,9%, e ênfase em pilhas e baterias.
“Não é possível especificar números no tocante a baixas produtivas individuais de cada nicho da indústria ou mesmo as perdas de postos de trabalho, por exemplo. No entanto, a percepção é de um certo decréscimo em nossa competitividade, diante de outros estados que estão conseguindo exportar mais. O propósito é sempre do alcance de uma balança mais superavitária e qualquer desenho diferente disto tem o seu peso”, adverte Miyeko.
Os produtos originados na Refinaria Abreu e Lima, com destino à América Central, encabeçam o embarque pernambucano e, consequentemente, a balança comercial. Para além disto, ela pontua dificuldades geradas por barreiras comerciais impetradas pela Argentina, sobretudo na área de veículos, gerando quedas mais bruscas. “Para 2024, se apoiando em projeções do próprio Banco Central, a gente espera uma atmosfera mais positiva. Temos, por exemplo, o fim de empecilhos para exportação de tubos de aço para os Estados Unidos, um importante mercado fabril em Pernambuco”, lembrou. Confira a matéria completa, clique AQUI! Foto: (Reprodução / Petrobras – Jeep)
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