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Constatação é da nova pesquisa feita pelo O LIDE Pernambuco. Confira que órgãos mais reduziram a burocracia.

Patricia Raposo

burocracia
Com melhoria de processos, burocracia se reduziu em alguns órgãos/Foto: Mariann Szoke/ Pixabay

O LIDE Pernambuco, através do seu Comitê de Competitividade, realizou a segunda edição da pesquisa sobre a competitividade de Pernambuco. O levantamento atual foi realizado pelo Instituto Conectar e traz a avaliação de 308 empresários sobre o nível de burocracia dos serviços oferecidos às empresas pelo poder público e seus representantes.

Neste novo levantamento, foi possível constatar que os resultados da primeira edição da pesquisa, feita em 2021, geraram impacto entre os atores da economia do estado, o que acabou por provocar melhorias nos processos pelo poder público.

O levantamento abordou áreas como governança, regulação, legislação, infraestrutura, potencial local, acesso ao capital, formação de mão de obra e a capacidade de Pernambuco em fomentar a inovação e o empreendedorismo. Segundo o LIDE, a modernização e melhoria nos processos está acontecendo, mas ainda existem gargalos que o setor produtivo gostaria que o Estado eliminasse.

Digitalizando a burocracia

“Existe um processo de avanço em curso, onde muitos setores tiveram que se digitalizar e melhorar seus processos. Nossa expectativa é que isso seja algo contínuo e que não se digitalize a burocracia, mas sim que continuemos avançando para melhorar a posição de Pernambuco em relação aos outros estados no que diz respeito a competitividade”, ressalta Ecio Costa, economista chefe do LIDE Pernambuco e presidente do Comitê de Competitividade do LIDE.

Esses gargalos atingem em maior intensidade a Agência Estadual de Meio Ambiente e o Judiciário Estadual. Esses órgãos foram apontados como os que mais necessitam de melhoria, tanto na pesquisa de 2021 como na de 2023.  A Agência tem 49% de aprovação em 2023, contra 38% de 2021. O Judiciário alcançou nesta edição 44% de aprovação contra (em 2021 era 38%). São os percentuais de aprovação mais baixos da pesquisa, apesar da evolução.

Lide

No outro extremo, com alto nível de eficiência, segundo os empresários, estão a Junta Comercial, Autoridade Portuária de Suape e a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe).

Quando a pesquisa avalia o atendimento às demandas da iniciativa privada, a Autoridade Portuária de Suape alcança 82% de aprovação, contra 79% em 2021. Em seguida vem a Junta Comercial, que saltou de 67% em 2021 para 80% em 2023, seguida da Adepe, com 76% em 2023, contra 71% em 2021.

Jucepe
Jucepe: salto qualitativo/Foto: Divulgação

As Secretaria da Fazenda do estado e da capital tiverem evolução interessante no período. No caso do órgão do estado, o índice de aprovação subiu de 49% para 63%. E do município, de 48% para 65%. A agencia de Defesa e Fiscalização Agropecuária também teve evolução significativa: saiu de uma desaprovação de 62% para uma aprovação de 61% no período.

Em relação aos serviços prestados ao empresariado, os destaques foram a apuração e recolhimento dos tributos municipais, serviços cartoriais e abertura/encerramento de empresas, na contramão estão em destaque negativo a insegurança jurídica para atividades econômicas, saneamento e infraestrutura logística rodoviária. 

De acordo com Edson Cedraz, diretor da Deloitte e vice-presidente do Comitê de Competitividade do LIDE, a burocracia é um dos entraves para a melhoria da competitividade. “A pesquisa reforça a necessidade de uma discussão colaborativa entre o poder público e a iniciativa privada para encontrar os gargalos e solucioná-los”, afirma o executivo.

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