FONTE: FIEPE

A reforma tributária voltou a ser pauta em debate realizado pela Ceplan, FIEPE, Movimento Econômico, Fecomércio e Planisa, realizado no final da tarde desta segunda-feira (10), na Casa da Indústria. Além de representantes da indústria, do agronegócios e do comércio, o evento contou com a participação dos ex-secretários da Fazenda de Pernambuco Jorge Jatobá, Marcelo Barros e Décio Padilha, que expuseram sobre os avanços que a reforma poderá trazer ao setor produtivo com a simplificação dos tributos.

Em suas palavras, o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, ressaltou a injusta carga sobre as empresas industriais, que dificulta a capacidade de investir e competir globalmente. “Na maioria dos casos, as empresas industriais enfrentam uma carga tributária excessiva, em comparação com seus concorrentes internacionais. Isso cria uma barreira competitiva, dificultando a expansão dos negócios e a conquista de novos mercados. Uma reforma tributária que reduz a carga tributária sobre as empresas industriais, alinhando-a com os padrões internacionais”, destacou.

O atual secretário da Fazenda de Pernambuco, Wilson José de Paula, destacou que ainda há dúvidas de como alguns pontos serão regulamentados, mas alguns princípios devem ser respeitados. “Em primeiro lugar, existe o compromisso político do não aumento da carga tributária, e isso é muito importante para o setor produtivo. E um segundo ponto, da não cumulatividade ampla, que garantirá que tudo que for adquirido será aproveitado”, comemorou o secretário.

Uma reforma tributária que simplifique e padronize o sistema, torne as regras mais claras e proporcione maior eficiência e redução de custos para as empresas foi consenso entre os ex-secretários da Fazenda que participaram do encontro. Outro fato que alinhou a opinião dos especialistas é que a proposta aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada ainda não está perfeita, mas já configura um grande avanço diante do atual cenário, citado por mais de uma vez como “manicômio tributário”.

Gerente executivo de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mario Sergio Telles defendeu em sua apresentação que as novas regras beneficiarão todos os segmentos da economia com o advento do crédito tributário entre setores diferentes. “A reforma é fundamental porque acaba com a cumulatividade, que onera o produto nacional e acaba deixando o importado muito mais competitivo. Além disso, destaco ainda os saldos credores, a simplificação dos cálculos, a redução de litígios e aumento da produtividade, entre outras vantagens, que trazem redução de custos”, destacou Telles.

Pelo comércio, o 3º vice-presidente do Sistema Fecomércio, Archimedes Cavalcanti Júnior, trouxe a preocupação da CNC com as novas alíquotas para o setor, principalmente, no setor de serviços. “Reconhecemos uma carga histórica mais alta da indústria, mas nessa reparação não podemos comprometer o setor de serviços no Brasil, que responde por 70% do PIB nacional. Um estudo nosso apontou que a absorção do custo com o aumento da carga tributária equivaleria a cerca de 30% das despesas com pessoal das empresas de serviço”, defendeu o empresário.

O encontro contou ainda com a presença de empresários da indústria, comércio e agricultura, especialistas e dirigentes sindicais e da FIEPE. Para assistir o debate completo, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=5rebiAz7png

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