FONTE: EXAME. / Um conteúdo Esfera Brasil
Para o setor de transformados e reciclagem de plástico são cruciais a estabilização econômica, o crescimento e uma agenda de reindustrialização do país
Brasil precisa retomar uma agenda de reindustrialização do país em prol do crescimento econômico Assinatura: No lugar de Esfera Brasil, assinar José Ricardo Roriz Coelho, que foi convidado a escrever o texto (reprodução/Agência Brasil) Na primeira edição deste ano da revista Foreign Affairs, o congressista americano Ro Khanna, que representa a região do Vale do Silício, na Califórnia, escreveu um artigo defendendo um novo patriotismo econômico para reestruturação da produção no país em indústrias-chave. “Reequilibrar o comércio por meio da produção doméstica ajudará a diminuir as tensões com a China, concretizar a promessa de uma próspera democracia e garantir que a globalização funcione para todos os americanos, não apenas para alguns”, escreve o congressista. A defesa feita pelo representante da região em que estão instaladas as sedes das principais empresas de tecnologia do Ocidente é fruto de um movimento global que se intensificou há mais de quatro décadas e que não poupou nenhuma economia ocidental, especialmente a nossa. A migração da produção industrial passou a crescer exponencialmente para o continente asiático. Segundo o Banco Mundial, a indústria responde por 39,4% do PIB (Produto Interno Bruto) da China. Em outros países asiáticos, o índice também é alto. Na Coreia do Sul, a taxa é de 32,4%. Já no Japão, 29% da produção é realizada pela indústria. O Brasil é o país que sofreu o mais brutal processo de desindustrialização do mundo, a partir dos anos 1980. A participação da indústria no PIB, que já foi de quase 50%, está hoje em 22,2%. Isso precisa mudar. Com um novo governo recém-empossado, cabe destacar algumas medidas que serão cruciais para a indústria do plástico, uma das principais empregadoras do país. Uma delas é a garantia e a readequação dos tetos para participação nos regimes tributários simplificados para micro e pequenas indústrias, de R$ 4,8 milhões por ano para R$ 8,6 milhões, conforme Projeto de Lei Complementar em tramitação no Congresso (PLP 108/21).
0 comentário