FONTE: BLOG NEGÓCIOS E INFORMES
Divulgada nesta quinta-feira (17) pelo IBGE, a PNAD Contínua Trimestral apontou uma taxa de desocupação de 13,9% no terceiro trimestre de 2022 em Pernambuco. Com o resultado, o estado aparece com o segundo maior percentual do país pelo quarto trimestre seguido, permanecendo atrás apenas da Bahia que registrou desocupação de 15,1% no mesmo período. Já no Brasil, a média ficou em 8,7%.
No entanto, como a oscilação com relação ao segundo trimestre de 2022 ficou em 0,3%, a variação é considerada dentro da estabilidade. “Esta variação na taxa de desocupação não é estatisticamente significativa, sendo considerada estabilidade”, explicou a gerente de planejamento e gestão administrativa do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.
Em comparação com os dados do terceiro trimestre de 2021, o resultado é positivo no estado, com queda de 5,3% nos indicadores. De agosto até outubro deste ano, a população empregada com carteira, que passou de 1 milhão e 26 mil trabalhadores para 1 milhão e cem mil trabalhadores, totalizando um avanço de 7,2%. Proporcionalmente, o estado tem 65% dos empregados do setor privado formalizados, a maior proporção do Nordeste. O outro segmento com alta foi o de empregados do setor público sem carteira, cuja alta foi de 29,2%, saindo de 117 mil para 151 mil pessoas.
INFORMALIDADE
Segundo o levantamento, Pernambuco foi um dos cinco estados brasileiros onde a taxa de informalidade caiu no 3º trimestre de 2022. A redução no índice foi de 2,3 pontos percentuais na comparação com o trimestre anterior. Dessa forma, apesar da queda, cerca de 50,6% dos trabalhadores pernambucanos, ou seja, metade da população ocupada, exerceram atividades informais no período. Em números absolutos, o percentual equivale a 1 milhão e 875 mil pessoas. No Brasil, a taxa de informalidade é de 39,4% da população ocupada.
O cálculo leva em consideração as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.
RENDIMENTO
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos dos pernambucanos no 3º trimestre de 2022 foi de R$ 1.844, valor estável em relação ao trimestre anterior, quando chegou a R$ 1.778. O mesmo ocorreu na comparação com o segundo trimestre de 2021, quando o valor era de R$ 1.863.
DESALENTO
A pesquisa também mostrou que o número de pessoas desalentadas chegou a 304 mil pessoas no 3º trimestre de 2022, o que equivale a 6,6% da população de 14 anos ou mais na força de trabalho. A população desalentada é definida como aquela que está fora da força de trabalho, que não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
Do Diario de Pernambuco – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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