FONTE: EXAME. Estadão Conteúdo

De acordo com a entidade, o resultado foi o pior para meses de setembro desde 2019

Fábricas: com a atividade em menor ritmo, a criação de empregos na indústria também desacelerou em setembro. (FG Trade/Getty Images)

Fábricas: com a atividade em menor ritmo, a criação de empregos na indústria também desacelerou em setembro. (FG Trade/Getty Images)

Após quatro meses de avanço, a produção das fábricas brasileiras caiu em setembro, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira, 18, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam retração, o índice ficou em 49 pontos no mês passado.

De acordo com a entidade, o resultado foi o pior para meses de setembro desde 2019. Em agosto, o indicador de produção havia ficado em 54,5 pontos, indicando crescimento naquele mês.

Da mesma forma, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) no setor recuou de 73% em agosto para 72% em setembro, a primeira retração no uso do parque industrial neste ano. O patamar retornou para o mesmo nível em que estava em setembro de 2021 e 2020.

Já o índice de estoques ficou praticamente estável no mês passado, em 50,1 pontos – próximo à linha divisória de 50 pontos. O índice que mede o estoque efetivo em relação ao planejado pelas fábricas também recuou, de 51,4 pontos para 50,9 pontos, indicando uma menor sobra de produtos.

Com a atividade em menor ritmo, a criação de empregos na indústria também desacelerou em setembro. O indicador recuou de 52,2 pontos para 51,4 pontos, ainda no campo de geração de novas vagas, mas com menos ímpeto do que o visto em agosto.

A CNI destaca ainda que os preços das matérias-primas mostraram forte desaceleração no terceiro trimestre de 2022, após dois altos de alta disseminada. O indicador de evolução dos preços dos insumos ficou em 56,2 pontos no período de julho a setembro, ante 66,9 pontos no trimestre anterior.

Problemas na aquisição de matérias-primas ainda atingiram 38,1% das indústrias no terceiro trimestre do ano, mas um conjunto bem inferior aos 52,8% das firmas que relataram a questão no segundo trimestre.

“Apesar da desaceleração da produção em setembro e das expectativas menos otimistas, a normalização da cadeia de suprimentos é um elemento central para a retomada do ritmo de produção industrial”, avaliou a economista da CNI, Larissa Nocko.

A sondagem mostra ainda que as expectativas dos empresários da indústria para os próximos seis meses se deterioraram em outubro embora ainda estejam no terreno otimista – acima dos 50 pontos.

O indicador de demanda recuou de 59,3 pontos para 56, 9 pontos. O índice de número de empregados caiu de 53,9 pontos para 52,3 pontos. E a variável de intenção de investimento retraiu de 59,0 pontos para 57,4 pontos.

Foram consultadas 1.739 empresas, sendo 696 pequenas, 601 médias e 442 grandes, entre os dias 1º e 11 de outubro.

Categorias: SINFACOPE

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