Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
Levantamento do portal Fierce Pharma elencou as 10 biofarmacêuticas mais produtivas de 2021. Foi o ano em que as vacinas da Covid-19 elevaram as receitas de companhias como a
BioNTech e a Moderna deixando-as no topo da lista. O estudo selecionou fabricantes de medicamentos com pelo menos US$ 10 bilhões em receitas em 2021 e US$ 10 bilhões em valor de mercado em agosto de 2022 e dividiu o faturamento pelo número total de funcionários, conforme relatado em seus relatórios anuais.
Confira abaixo a lista das 10 biofarmacêuticas mais produtivas
1 – BioNTech
2021 funcionários: 3.082
2021 receita: 18,98 bilhões de euros (US$ 22,45 bilhões)
No início da pandemia, a empresa de biotecnologia alemã BioNTech fez parceria de sucesso com a Pfizer no desenvolvimento da vacina contra a Covid-19. A farmacêutica planeja recrutar 250 funcionários antes do final do ano para sua planta de Marburg, uma das maiores fábricas de vacinas de mRNA do mundo. A companhia planeja trabalhar em outras vacinas de mRNA uma vez aprovadas, como os imunizantes que está desenvolvendo com a Pfizer para gripe e herpes zoster, além de seus esforços individuais de vacina para malária, tuberculose e herpes.
2 – Moderna
2021 funcionários: 2.700
2021 receita: US$ 18,47 bilhões
A Moderna pretende construir seu próprio império de RNA mensageiro, e está aumentando o número de funcionários e expandindo suas fronteiras comerciais para que isso aconteça. Em
fevereiro a companhia anunciou um plano de expansão para abrir quatro novas subsidiárias em Hong Kong, Malásia, Cingapura e Taiwan. A empresa diz que a mudança é uma tentativa de aumentar a base comercial da Moderna na Ásia.
3 – Gilead Sciences
2021 funcionários: 14.000
2021 receita: US$ 27,31 bilhões
Em 2021 a Gilead se concentrou em grande parte no medicamento Veklury para a Covid-19, que gerou US$ 5,6 bilhões, um aumento de 98% em relação a 2020. A Gilead também tem 20 medicamentos oncológicos em desenvolvimento, com 30 ensaios clínicos em andamento. A ênfase em oncologia faz parte da meta da companhia de obter um terço de sua receita de produtos de oncologia até 2030.
4 – Regeneron
2021 funcionários: 10.368
2021 receita: US$ 16,07 bilhões
Antes de 2021, a Regeneron já tinha uma das forças de trabalho mais produtivas da biofarma, graças ao desenvolvendo dos blockbusters Eylea, para degeneração macular, e Dupixent, para eczema e asma. Durante a pandemia, a empresa desenvolveu o tratamento com anticorpos REGEN-COV, voltado para pacientes de alto risco. A terapia foi resposnável por grande parte do aumento da receita da companhia. Fora dos EUA, a Regeneron tem parceria com a Bayer, para o Eylea, e com a Roche, com o REGEN-COV. A empresa também tem uma colaboração global com a Sanofi para o Dupixent.
5 – Bristol Myers Squibb
2021 funcionários: 32.200
2021 receita: US$ 46,39 bilhões
A Bristol Myers Squibb foi a mais produtiva entre as grandes empresas farmacêuticas no ano passado. Com uma proporção de receita por funcionário em 2021 de US$ 1,44 milhão, a farmacêutica de Nova York ocupa o quinto lugar na lista, atrás de empresas que tiveram um lucro inesperado com a venda de produtos relacionados à Covid-19.
6 – Biogen
2021 funcionários: 9.610
2021 receita: US$ 10,98 bilhões
A Biogen construiu uma nova equipe de marketing para a doença de Alzheimer com o medicamento Aduhelm. Mas a controvérsia em torno da aprovação, questões sobre seu perfil de risco-benefício e um preço assustador limitaram significativamente sua aceitação. Após uma aprovação acelerada em junho de 2021, o medicamento gerou vendas de US$ 3 milhões no ano passado.
7 – AbbVie
2021 funcionários: 50.000
2021 receita: US$ 56,2 bilhões
A receita do megablockbuster Humira, que arrecadou US$ 20,7 bilhões, ou 37% do total da farmacêutica, coloca a Abbvie entre as empresas mais produtivas em 2021. A companhia arrecadou US$ 56,2 bilhões no ano passado, um aumento de 22% em relação a 2020. A companhia passou anos se preparando para a competição do Humira com a chegada dos biossimilares em 2023, comprando a Allergan por US$ 63 bilhões em 2019. O Botox, um ativo importante nessa compra, arrecadou US$ 4,68 bilhões entre seus usos terapêuticos e estéticos no ano passado, um salto de 87% em relação a 2020.
8 – Amgen
2021 funcionários: 24.200
2021 receita: US$ 25,98 bilhões
Ao todo, no ano passado a Amgen gerou quase US$ 26 bilhões. Como empregava cerca de 24.200 pessoas no final do ano, sua receita por funcionário chegou a US$ 1,07 milhão, superando a maior parte do setor nessa métrica. A companhia também espera aumentar as receitas e os lucros com suas novas ofertas, incluindo o lançamento planejado do biossimilar Humira em janeiro. Além disso, no ano passado, a Amgen obteve a aprovação da FDA para o Lumakras como o primeiro tratamento para câncer de pulmão de células não pequenas com uma mutação genética KRAS G12C. A aprovação marcou uma grande vitória, pois a mutação já foi considerada um alvo incontrolável.
9 – Pfizer
2021 funcionários: 79.000
2021 receita: US$ 81,29 bilhões
Durante a pandemia, a Pfizer conseguiu um feito notável, reduzindo sua contagem de funcionários em quase 10.000 e aumentando sua receita em quase 100%. Estimulada em grande parte pelas vendas de sua vacina contra a Covid-19, a Pfizer aumentou sua receita de US$ 40,9 bilhões em 2019 para US$ 81,3 bilhões em 2021. Ela ainda é a maior empresa, de longe, na lista das 10 melhores biofarmacêuticas mais produtivas de 2021.
10 – Eli Lilly
2021 funcionários: 35.000
2021 receita: US$ 28,32 bilhões
Ao longo dos últimos anos, a Eli Lilly tem trabalhado arduamente para atualizar seu portfólio de medicamentos comercializados, substituindo as vendas derivadas de medicamentos antigos pelas de novos lançamentos. Seus esforços estão valendo a pena e, agora, a gigante farmacêutica abriu caminho para uma lista contendo muitas farmacêuticas menores.
Com US$ 28,3 bilhões em vendas globais no ano passado, a Eli Lilly ficou em 12º lugar entre todos os players biofarmacêuticos nessa métrica.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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