FONTE: PANORAMA FARMACÊUTICO
As discussões sobre quebra de exclusividade nos registros de medicamentos ganharam força na pandemia e alimentam uma corrida por patentes na indústria farmacêutica. Os debates tornam-se ainda mais acalorados à medida que se escancara a desigualdade vacinal no combate à Covid-19.
De acordo com a consultoria Global Data, o primeiro trimestre registrou um recorde de novas patentes nas duas principais agências reguladoras do mundo – a Food & Drug Administration (FDA) e a Agência de Medicamentos da União Europeia. Somente as dez farmacêuticas líderes nesse quesito registraram 2.465 novos medicamentos.
Suíças saem na frente na corrida por patentes
Duas farmacêuticas suíças respondem por 1/3 das requisições. O primeiro lugar coube à Roche, com 524 patentes. Mais de 110 moléculas estão em desenvolvimento no pipeline, com foco em especialidades como oncologia, imunologia, doenças infecciosas e oftalmologia. Recentemente, a farmacêutica suíça ganhou uma disputa judicial de US$ 775 milhões com a AstraZeneca envolvendo o Ultomiris, medicamento aplicado no tratamento de doenças raras que afetam a produção de hemoglobina.
A segunda colocação do ranking é da Novartis, também com foco em medicamentos de prescrição para doenças de alta complexidade, mas com quase metade do volume da Roche. Entre os 289 fármacos estão o Cosentyx e o Kesimpta, para o tratamento da psoríase e da esclerose múltipla, respectivamente.
O terceiro posto é da Johnson & Johnson (288 patentes), por meio de sua divisão farmacêutica Janssen. A companhia vem ampliando seus esforços em terapias contra diferentes tipos de câncer, a exemplo do Teclistamab – para combate ao mieloma múltiplo.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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